Mensagens Bíblicas
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Você quer ser curado?
CURADO! JOÃO 5.1-14 sermão pregado na quarta-feira, dia 22/10/14, na IBVI.
No meio da festa tem uma multidão sofrendo. Jesus foi para uma festa em Jerusalém. Mas enquanto o povo se alegrava ele foi ao Tanque de Betesda “Casa de Misericórdia” onde havia uma multidão de gente sofrendo. Ali havia gente deformada, amassada emocionalmente, com o coração sangrando por feridas ainda abertas.
No meio do sofrimento muita gente esperava pela cura. Naquele Tanque de Betesda um anjo descia e movia a água e o primeiro que saltava no tanque era curado. Todos estavam ali na esperança de dar o mergulho da cura. Mas, um dia Jesus foi esse lugar e uma cura maravilhosa aconteceu. No meio de tantos gemidos, Jesus vê aquele homem enfermo há 38 anos e lhe faz uma pergunta: “Você quer ser curado?” Esta mesma pergunta é feita a você nesta noite: “Você quer ser curado?” Você que já tem esperado tanto tempo, você quer ser curado? Você que já tem buscado solução para a sua vida em tantas outras alternativas, você quer ser curado? Você que já viu tanta gente ser curada à sua volta e ainda está doente, você quer ser curado? Você que já não tem mais forças para caminhar na direção da sua cura, você quer ser curado?
I. VOCÊ PODE SER CURADO PORQUE O MÉDICO DOS MÉDICOS ESTÁ INTERESSADO NA SUA VIDA (Vs. 5, 6)
1. Ele sabe tudo sobre sua vida (v.6) – Salmo 139
Jesus distinguiu esse enfermo no meio da multidão. Aquele homem estava esperança, não tinha mais sonhos para sonhar. Sua causa estava totalmente perdida. Não foi ele quem viu a Jesus, mas foi Jesus quem o viu. Jesus viu o seu passado, a sua condição e o seu futuro. Jesus viu que a causa da sua tragédia era o pecado da sua juventude. Jesus viu que ele estava colhendo o que havia plantado. Jesus viu uma triste história de pecado (v. 14). Aquele homem não estava apenas preso à sua cama, mas também ao seu passado, à suas memórias amargas, à sua culpa.
Jesus olhou para a mulher samaritana e viu que ela estava vivendo em adultério. Jesus viu Zaqueu na árvore e viu que havia sede de Deus no seu coração. Jesus viu o amor às riquezas no coração do jovem rico. Viu falsidade no beijo de Judas Iscariotes.
Jesus também está vendo a sua vida. Ele vê a sua alma. Ele sonda o seu coração. Ele sabe qual é a sua doença. Nada pode ficar oculto aos olhos dele. Caim tentou fugir de Deus. Acã tentou encobrir o seu roubo. Davi tentou esconder o seu adultério. Mas o Senhor estava vendo. Jesus conhece os segredos do seu coração. Jesus sabia que aquele homem estava enfermo há 38 anos. Sabia a causa do seu sofrimento. Jesus conhece a sua dor, a sua angústia, o seu vazio, a sua crise. Ele tem nas mãos o diagnóstico da sua vida.
2. Ele se compadece de você (v. 6)
A doença desse homem era uma causa perdida, por isso, Jesus foi ao encontro dele. Jesus tomou a iniciativa. Jesus sentiu sua dor, seu drama. Talvez você já não tenha mais forças para clamar. Talvez você já desistiu de esperar uma cura. Talvez até aqui você só tem encontrado incompreensões e luta sozinho para uma cura que não acontece. Mas Jesus está aqui. Ele se importa com você e se compadece de você.
Quando os nossos recursos acabam, somos fortes candidatos para que o milagre de Jesus aconteça (7,8). Aquele homem estava só. Não tinha ninguém por ele. Não tinha saúde. Não tinha paz. A solidão era a marca da sua vida. Mas quando se viu desamparado, Jesus lhe estendeu a mão.
a) Se você se sente só, Jesus está perto de você. Ele pode preencher o vazio da sua alma. Todos o abandonam. Todos o acusam. Todos o discriminam, mas Jesus investe em você.
b) Se você se sente desamparado, Jesus levanta você. Jesus põe você de pé. Você caiu, fracassou, não tem forças para se levantar. As pessoas lhe rejeitaram. Mas Jesus ama você e toma você pela mão e lhe dá dignidade para continuar a viver.
c) Se você se sente desencorajado,, Jesus acende uma chama de esperança no seu coração. Jesus gera expectativa no seu coração: “Você quer ser curado?”
d) Se você se sente manco, aleijado, deformado em seus sentimentos, Jesus cura você. Ele limpa a sua vida. Ele restaura o seu nome. Ele perdoa você.
e) Se você se sente fraco, derrotado e já tentou várias vezes e fracassou, Jesus restaura você. Jesus cura você. Levanta você. Restaura você e o devolve à sua família com dignidade!
II. VOCÊ PODE SER CURADO PORQUE JESUS DIAGNOSTICA METICULOSAMENTE A SUA DOENÇA (Vs. 5-7)
1. Aprendendo a reconhecer nossas próprias doenças – v. 5-6
Para você ser curado, você precisa entender qual é o seu problema. Você precisa identificar as áreas da sua vida que precisam de cura. Muitas pessoas não querem se apresentar como fracas. Querem fazer de conta que não existe nada. Mas todos nós somos feridos. Temos feridas emocionais. Ninguém vem de uma família perfeita. Todos nós temos feridas que precisam ser curadas: na área da família, dos relacionamentos, das perdas significativas.
Feridas emocionais quando não saram de forma apropriada, são como as feridas físicas. São como farpas no coração, se não forem tiradas produzem “pus emocional”. Tem muita gente que tem medo de tirar as farpas. Tem medo de enfrentar a doença. Tem medo de voltar ao passado. Mas as cicatrizes da cura são cicatrizes de vitória – como as cicatrizes das mãos e dos pés de Jesus.
Aquele enfermo precisava lidar com os dramas da sua consciência (pecado - v.14), abandono da família, solidão, amargura, rejeição. Disse ele; “Eu não tenho ninguém.” Quais são as suas doenças que precisam ser curadas: mágoas, rejeição, abuso sexual, ingratidão, falta de perdão, soltar o passado, sarar perdas importantes (luto, divórcio), culpa?
Passos necessários para a cura: 1) Admita que você foi ferido e que há uma ferida no seu coração; 2) Identifique a ferida; 3) Perdoe as pessoas envolvidas nas suas feridas; 4) Entregue agora sua causa a Jesus.
Jesus sabia qual era a doença daquele homem. Jesus queria curá-lo, mas antes de fazê-lo Jesus o fez consciente da sua doença.
2. Aprendendo a remover as farpas do coração – v. 7
Quando Jesus perguntou ao homem do tanque de Betesda se ele queria ser curado, este homem lhe respondeu com uma desculpa: “Sim, mas…” (v. 7). Ele poderia ter dito simplesmente sim ou não. Se a cura traz tantos benefícios, por que as pessoas apresentam tantas desculpas para serem curadas? Existem muitas razões:
2.1. Eu não tenho ninguém. Sou vítima do esquecimento, abandono e ingratidão da família e dos amigos – Aquele homem de Betesda despeja a sua mágoa diante de Jesus. Além de doente do corpo estava também com a alma enferma. Ele atribuía a sua falta de cura às pessoas. Os outros eram os responsáveis. Dizia ele: “Eu não fui curado porque não tenho ninguém que se interesse realmente por mim”.
2.2.Tenho medo. Será muito doloroso remexer o passado. O que passou, passou – O processo da cura dói. Muitas vezes significa olhar para trás e reparar danos, recordar experiências dolorosas: um abuso sexual, a falta de amor do pai ou da mãe, as cenas de violência, o abandono. Cada pessoa tem farpas que causam dor e para sarar é preciso recordar. Não adianta tapar uma ferida. É preciso limpá-la.
2.3. Perdoar? Mas eu fui a vítima!” – O perdão nos liberta, nos cura. A mágoa adoece. A falta de perdão torna a vida um inferno. Quem não perdoa não tem paz. Quem não perdoa não ora, não adora, não é perdoado. Quem não perdoa adoece. Quem não perdoa é entregue aos verdugos. Não espere a pessoa que lhe feriu mudar. Perdoe essa pessoa. Fique livre!
2.4. Esquecer? Você está louco?” – Deus tem um lugar específico para colocar as nossas lembranças: o mar do esquecimento (Mq 7.19). Esquecer não significa fazer de conta que nada aconteceu. Significa viver além do que aconteceu. Esquecer é não sofrer nem cobrar mais a dívida da pessoa que lhe feriu.
2.5.Você quer ser curado? – Deus nos chama para viver em sanidade e em santidade. A única diferença entre sanidade e santidade é um “T” que é um símbolo da cruz de Cristo. Se não sararmos, ainda que vamos para o céu (como aleijados emocionais), não viveremos tudo o que Deus tem para nós aqui na terra.
III. VOCÊ PODE SER CURADO PORQUE JESUS TEM O REMÉDIO CERTO PARA A SUA DOENÇA – (V.8)
1. Uma pergunta maravilhosa – “Queres ser curado?”
Jesus quer que você exercite a sua fé nesta noite. Essa pergunta de Jesus é para provocar a sua fé. Não importa quanto tempo você está sofrendo. A mulher hemorrágica sofreu 12 anos. A mulher encurvada andou 18 anos corcunda. Esse homem estava doente há 38 anos. Jesus viu um homem cego de nascença. Ele os curou a todos. Ele pode curar você também.
Não importa a causa do seu problema. Jesus é maior do que o seu problema. A sua doença pode ser incurável para os homens, mas não para Jesus. Ele é poderoso para curar você nesta noite. Exemplo: o endemoninhado Gadareno.
Não importa a gravidade do seu problema. 38 anos de sofrimento. Mas Jesus lhe pergunta: Queres ser curado? Lázaro – Já cheira mal. Mas Jesus ordena: Vem para fora!
Não importa as desastradas consequências do seu problema. Sua saúde acabou, seu nome foi para a lama, sua família está arrebentada. Jesus pode pegar os cacos e fazer tudo de novo. Ele transformou uma prostituta possessa, Maria Madalena e fez dela a primeira missionária da sua ressurreição.
Não importa o quão desesperançado você esteja. Disse o homem: “eu não tenho ninguém”. Mas Jesus está presente com você. Ele pode tudo. Ele é o Senhor das causas perdidas. Não importa quantas tentativas fracassadas você já teve. Todo ano aquele homem via gente sendo curada e ele mofando em cima da cama. Mas agora Jesus o toma e o cura!
2. Uma ordem maravilhosa – “Levanta-te, toma o teu leito e anda”.
Jesus dá a ordem e dá o poder para você cumpri-la. A Palavra de Jesus tem poder. A natureza a obedece, os anjos, os demônios, as enfermidades. Ele tem toda autoridade no céu e na terra.
Ele disse ao homem da mão ressequida: estende a tua mão. O que era impossível aconteceu.
Jesus disse para Lázaro: Lázaro vem para fora e o morto o obedeceu!
Jesus está dizendo para você. Levante-se. Não fique mais prostrado. O libertador da sua vida chegou. Não ande mais como um derrotado. Não viva mais encurvado. A cura chegou. Coloque-se de pé de volte para a sua casa, curado!
3. Um resultado maravilhoso – “Imediatamente o homem se viu curado…”
O milagre de Jesus é imediato, completo e público. A cura de Jesus não é parcial. Jesus não oferece meias soluções. Jesus não oferece paliativos. Ele não usa artifícios para enganar você. O mesmo Jesus que levantou aquele enfermo está aqui e pode perdoar você, curar você, salvar você e fazer de você uma pessoa completa, feliz e saudável física, emocional e espiritualmente.
CONCLUSÃO
Você quer ser curado? O médico dos médicos está entre nós. Ele é o Filho Deus. Ele conhece você. Ama você. Está interessado na sua vida e pode hoje curar você imediatamente, completamente!
Em oração Pr. Adiel, pelo Lucas e por toda a família!
Vida Vazia - Gênesis 25.11-19
11 Depois da morte de Abraão, Deus abençoou seu filho Isaque. Isaque morava próximo a Beer-Laai-oi. 2 Este é o registro da descendência de Ismael, o filho de Abraão que Hagar, a serva egípcia de Sara, deu a ele. 13 São estes os nomes dos filhos de Ismael, alistados por ordem de nascimento: Nebaiote, o filho mais velho de Ismael, Quedar, Adbeel, Mibsão, 14 Misma, Dumá, Massá, 15 Hadade, Temá, Jetur, Nafis e Quedemá. 16 Foram esses os doze filhos de Ismael, que se tornaram os líderes de suas tribos; os seus povoados e acampamentos receberam os seus nomes. 17 Ismael viveu cento e trinta e sete anos. Morreu e foi reunido aos seus antepassados. 18 Seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Havilá a Sur, próximo à fronteira com o Egito, na direção de quem vai para Assur. E viveram em hostilidade contra todos os seus irmãos. 19 Esta é a história da família de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou Isaque, ...
O texto que temos diante de nós descreve um homem cheio de si, mas vazio de Deus. Ismael pode ser definido como o modelo desta geração - cheio, abastado, mas vazio, oco.
✓Cheio de coisas, mas vazio de caráter; ✓Cheio de gargalhadas, mas vazio de graça; ✓Cheio de saúde, mas vazio de salvação; ✓Cheio de desejos, mas vazio de Deus.
Ismael era um homem rico e abastado, que não sentia falta de coisa alguma. Ele tinha tudo o que desejava, mas não tinha o que mais precisava. Ele era material e fisicamente próspero, mas espiritualmente miserável, pobre, cego e nu! Que tragédia! Mas, infelizmente, não é assim que a maioria vive ainda hoje?
Esta é a segunda mensagem no livro de Gênesis dentro da série que chamamos de “Ganhar ou perder”. Esse texto de Gn 25.11-18 marca um novo momento na narrativa do Gênesis. Moisés falará de Isaque, filho de Abraão - o patriarca peregrino. Mas, há alguém que não pode ficar de fora desta história (pelo menos não de forma tão abruta) - Ismael!
Desta forma, a narrativa falará rapidamente sobre o primeiro filho de Abraão com a serva Hagar (mesmo que ele não tenha morrido a esta altura do cenário histórico), para nunca mais voltar nele! Ismael, portanto, é apenas uma nota de rodapé na vida e na história de Isaque! Observe...
Gn 25.11 - Depois da morte de Abraão, Deus abençoou seu filho Isaque. Isaque morava próximo a Beer-Laai-Roi; Gn 25.12 - Este é o registro da descendência de Ismael, o filho de Abraão que Hagar, a serva egípcia de Sara, deu a ele. (...); Gn 25.19 - Esta é a história da família de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou Isaque. Notem que entre Gn 25.11 e Gn 25.19 está a história de Ismael!
Ismael está inserido na narrativa para mostrar que Deus cumpre suas promessas, mesmo quando nós permanecemos infiéis. O Senhor tinha prometido a Abraão que seu filho Ismael não ficaria de mãos vazias (Gn 21.11-13), e esta narrativa, portanto, serve para mostrar que Deus não é homem para que possa mentir. Além do que, Ismael só não teve mais de Deus, espiritualmente falando, porque desde
cedo zombou, brincou e deu risadas das promessas do SENHOR (Ismael vivia zombando de Isaque! - Gn 21.8-10). Por causa da bondade de Deus, da fidelidade de Deus ao seu nome, Ismael tinha
de tudo e não sentia necessidade de coisa alguma - nem de Deus! A vida de Ismael foi, literalmente, uma vida vazia (leviana, insignificante). Ele se contentou em viver com o trivial e pelo que é temporal. Ele ganhou o mundo e perdeu a sua alma. Não precisava ter sido assim!
Vamos juntos observarmos a vida de Ismael e ver quais são as lições que o SENHOR tem para cada um de nós. Veremos...
A história de Ismael fala da trajetória de um homem que tinha tudo para desfrutar do melhor de Deus, mas que optou por uma vida vazia e pagou pelas consequências.
1. O tratamento dado a Ismael - Gn 25.12-15
Tanto a procedência (progênie) quanto o pedigree de Ismael estão registrados aqui neste texto:
Gn 25.12 - Este é o registro da descendência de Ismael, o filho de Abraão que Hagar, a serva egípcia de Sara, deu a ele. Observem bem os nomes que aparecem nesta narrativa: Abraão, Sara e Hagar! Ao registrar esta linhagem, Moisés revela, mesmo que implicitamente, que Ismael não tinha qualquer desculpa por ter rejeitado a Deus e ter escolhido viver de modo tão fútil. Afinal, ele nasceu numa família, que apesar de todos os defeitos, era beneficiária de altos e raros privilégios espirituais. De todas as milhares de famílias daqueles dias, todas inseridas na superstição e na escuridão pagãs, Ismael teve o incrível privilégio de nascer em um lar onde a verdade de Deus era conhecida e vivida. Ele era filho de um homem que ficou conhecido na Escritura como “o amigo de Deus”.
- O amor de Abraão - Apesar dos defeitos, Abraão o amava e tentou tudo o que estava ao seu alcance para garantir a bênção de Deus sobre a sua vida: Gênesis 21.5-13
5 Estava ele com cem anos de idade quando lhe nasceu Isaque, seu filho. 6 E Sara disse: “Deus me encheu de riso, e todos os que souberem disso rirão comigo”. 7 E acrescentou: “Quem diria a Abraão que Sara amamentaria filhos? Contudo eu lhe dei um filho em sua velhice!” 8 O menino cresceu e foi desmamado. No dia em que Isaque foi desmamado, Abraão deu uma grande festa. 9 Sara, porém, viu que o filho que Hagar, a egípcia, dera a Abraão estava rindo de Isaque, 10 e disse a Abraão: “Livre-se daquela escrava e do seu filho, porque ele jamais será herdeiro com o meu filho Isaque”. 11 Isso perturbou demais Abraão, pois envolvia um filho seu. 12 Mas Deus lhe disse: “Não se perturbe por causa do menino e da escrava. Atenda a tudo o que Sara lhe pedir, porque será por meio de Isaque que a sua descendência há de ser considerada. 13Mas também do filho da escrava farei um povo; pois ele é seu descendente”.
Fica claro no texto que, apesar das limitações familiares e pessoais de Abraão (Por exemplo, na despedida, não o vemos “abençoando” Ismael!), o patriarca amava Ismael da mesma forma que amava Isaque! Mas, Ismael era rebelde. Ele se ressentia do nascimento de Isaque e de tudo o que este nascimento significava para o futuro. Ele não via nada em Isaque, além de ameaça aos seus privilégios como “primeiro” filho de Abraão. Ismael não conseguia enxergar que até mesmo ele se beneficiaria do plano de Deus através da descendência de Isaque. Aliás, ele não queria nada que viesse através de Isaque. Ele, como todo homem obcecado pelo que é terreno faria em seu lugar, não via nada de espiritual e abençoador nesta situação. O orgulho, o ciúme, a ganância, enfim, o pecado, endureceram seu coração, esfriaram a sua alma e estragaram as suas prioridades na vida.
Mas, mesmo assim Deus amava Ismael da mesma forma que amava Isaque. Ele só tinha um plano diferente para a vida dele: Gênesis 21.12-13
12 Mas Deus lhe disse: “Não se perturbe por causa do menino e da escrava. Atenda a tudo o que Sara lhe pedir, porque será por meio de Isaque que a sua descendência há de ser considerada. 13 Mas também do filho da escrava farei um povo; pois ele é seu descendente”.
Ismael, porém, apesar de todos os privilégios e planos espirituais de Deus para a vida dele, não superou o pecado do orgulho, não conseguia dividir o amor e a atenção de seu pai com Ismael.
- As atitudes de Hagar
Havia ainda mais para Ismael. Ele não só tinha Abraão como pai, mas também Hagar como mãe. E Hagar conheceu o amor de Deus. Tudo bem que tanto Abraão quanto Hagar tiveram um início pagão. Ele na Babilônia e ela no Egito. Abraão, porém, teve um encontro com Deus em Ur dos Caldeus. Hagar, por sua vez, no deserto, na divisa com o Egito. Após este encontro de Hagar com Deus, nós podemos notar a sua mudança de vida, a ponto de, sob a orientação de Deus, ela voltar e se submeter a Abraão e Sara, sua senhora “ciumenta” e “imatura” (cf. Gn 16).
Portanto, mesmo que Ismael tivesse ressentimentos de Sara, ciúmes de Isaque e achasse que Abraão pudesse ter feito mais pelo irmão do que para ele, havia um belo exemplo de vida e transformação na vida de sua mãe Hagar que poderia ter sido seguido. Não há, porém, qualquer indício de que em algum momento de sua vida, Ismael tenha se curvado ao Deus de Abraão e seu irmão Isaque, exatamente como sua mãe Hagar fizera. Que tristeza!
- As advertências de Deus através de seus filhos
Ismael, assim como Jacó, seu sobrinho que nasceria, teve doze filhos! Era o cumprimento da promessa de Deus a Abraão (Gn 17.20). Os seus nomes estão colocados de uma maneira tal que muitos dos estudiosos, sabedores de que no Antigo Testamento os nomes são bastante significantes e muitas vezes proféticos, declaram que Ismael deveria ter ouvido o que Deus tentou lhe falar através de seus nomes.
Estes doze nomes estão colocados de uma maneira que, além de descreverem os povos a que eles deram origem (na região entre o Egito e a Assíria - os povos Árabes), revelam algo interessante a ser observado e que Ismael jamais poderia ter deixado passar desapercebido. Trata-se dos três nomes contidos no verso 14, por exemplo: “Misma, Dumá, Massá” - que, respectivamente, significam: “ouça, faça silêncio e suporte”!
Matthew Henry (pastor e exegeta bíblico puritano - 1662-1714), por exemplo, vê uma clara ligação entre estes nomes e a declaração de Tiago: Tg 1.19 - Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir [Misma - ouça], tardios para falar [Dumá - faça silêncio]e tardios para irar-se [Massá - suporte]. Seja como for, Deus, como sempre faz, manda-nos avisos velados através de nossos filhos. Como eles são instrumentos de santificação! Quantos casais buscam a Deus e convertem-se a Cristo após o nascimento dos filhos! Ismael teria feito bem se tivesse ouvido a voz de Deus através de seus filhos. Vemos, portanto, que o tratamento dado por Deus a Ismael era suficiente para ele ter abandonado a sua vida fútil e buscado a vida fértil e feliz que há em Deus.
-O amor de seu pai Abraão; -A atmosfera espiritual de sua casa; -As atitudes de sua mãe (Hagar) convertida; -As advertências de Deus através de seus filhos.
Ismael, porém, continuou a viver atrás de uma vida fútil
2. O triunfo de Ismael - Gn 25.16
De forma resumida, porém relevante, Moisés apresenta no verso 16 as conquistas obtidas pelo primogênito de Abraão - Ismael: “Foram esses os doze filhos de Ismael, que se tornaram os líderes de suas tribos; os seus povoados e acampamentos receberam os seus nomes.” (Gn 25.16)
Observamos que Ismael, através de sua descendência, triunfou como poucos na história dos homens:
- Deu origem a povos: O povo árabe (Ocidente, Norte da África e Espanha).
- Edificou lugares: Países árabes (Cairo-Egito, Damasco-Síria, Bangladesh-Ásia)
- Conquistou força: Os Árabes foram os primeiros a explorar a escravidão no Norte da África. Eles obtiveram força econômica e política mundial quando, virtualmente, monopolizaram a indústria do petróleo. Hoje o islamismo praticamente dominou o Oriente Médio, a Turquia, o Norte da África e a Europa.
- Ostentou príncipes: Os presidentes, xeiques e califas dos países árabes são respeitados pelo mundo todo.
- Ajuntou riquezas: Há muito tempo que eles se constituem entre os países mais vitais, sensíveis e ricos do globo. Há quem diga que Inglaterra e França só se mantiveram em alta e por tanto tempo por causa do controle que esses países tinham sobre as terras árabes. Não é a toa que o mundo todo
tem seus olhos voltados para as suas riquezas! Vemos, portanto, as cinco áreas de triunfo e conquistadas de Ismael. Todas mundanas e carnais, mas nem por isso deixam de ser impressionantes.
A história revela que Ismael, através de sua descendência, desfrutou em grande medida de todas as bênçãos materiais que um ser humano pode obter da parte de Deus: nome, cidades, força, príncipes e riquezas. Ele realmente ganhou o mundo, mas perdeu a sua alma! Quanta gente vivendo da síndrome de Ismael - gente de nome, de posses, de força, autoridade e abastada, mas completamente sem Deus. Que tragédia!
3. A tragédia de Ismael - Gn 25.17-18
Ao concluir a história da vida de Ismael, o que o Espírito Santo faz é chamar a nossa atenção para o final trágico da vida deste homem que conquistou o mundo, mas que perdeu a sua alma! Observe Gn 25.17-18: 17 Ismael viveu cento e trinta e sete anos. Morreu e foi reunido aos seus antepassados. 18 Seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Havilá a Sur, próximo à fronteira com o Egito, na direção de quem vai para Assur. E viveram em hostilidade contra todos os seus irmãos.
Ele morreu insatisfeito - Observe como a Bíblia fala de sua morte:
Gn 25.17 - Ismael viveu cento e trinta e sete anos. Morreu e foi reunido aos seus antepassados.
Nada de se destacar os longos e abastados 137 anos! Nada! Absolutamente nada! Apenas que ele viveu 137 anos e morreu! Quem vive deste mundo e para este mundo, quando parte, parte deste mundo infeliz. Afinal, deixam para trás os seus tesouros. Agora, quem faz de Cristo o seu tesouro, sabe que morrer é lucro, é incomparavelmente melhor (cf. o testemunho de Paulo em Fl 1).
Ele morreu sem abençoar - Veja que Ismael morre e não abençoa seus filhos: Gn 25.17 - Ismael viveu cento e trinta e sete anos. Morreu e foi reunido aos seus antepassados.
Era costume dos patriarcas abençoar seus filhos em nome de Deus antes de eles partirem (cf. Gn 49 - Jacó, no leito de morte, juntou seus doze filhos e os abençoou!). Ismael não fez assim. Afinal, que bênção ele teria para dar, já que viveu do mundo e para o mundo? Ismael, como muitos, morreu espiritualmente falido, sem deixar qualquer coisa de valor espiritual para os filhos e descendentes. Aliás, ... Ele deixou uma herança mundana para os filhos -Note o registro do v. 18: Gn 25.18a - Seus descendentes se estabeleceram na região que vai de Havilá a Sur, próximo à fronteira com o Egito, na direção de quem vai para Assur.
Por que a Assíria? Por que o Egito? Ismael nunca tinha morado lá! Ele foi sepultado na fronteira com o Egito, na direção da Assíria, porque era lá que estava seu coração - nos prazeres, na sabedoria, no poder e na crueldade dos homens (Egito = prazeres e sabedoria humanas. Assíria = poder e crueldade carnais). Ismael procurou viver o mais próximo que pôde do Egito e da Assíria. Era pelos seus padrões que ele pautava a sua vida. Ele viveu do mundo, como o mundo e morreu mundano. Que herança deixada para os filhos!
Ele deixou exemplo de ira e conflito - Note bem a última coisa que se fala dele: Gn 25.18b - E viveram em hostilidade contra todos os seus irmãos. Uma vida marcada pelo ódio, pelo rancor, pela amargura, pelo sentimento de ter sido passado para trás, de nunca ter tido uma chance. Não queira terminar a sua vida como Ismael terminou a dele: Amando este mundo, sem deixar qualquer herança espiritual para os filhos, deixando exemplo de mundanismo, disseminando ressentimentos, ódio, ira e discórdia. Mas, como não viver e não morrer assim? Penso que a resposta está no contraste que Moisés traça entre Isaque e Ismael. É bem sutil, mas incrivelmente significante.
VIDA DE FÉ
A intenção de Moisés era passar da vida de Abraão para a vida de Isaque. O problema é que ele não tinha concluído a vida de Ismael. Ele precisava mostrar que Deus cumpriria a sua promessa e honraria o pacto que fizera com Abraão. Pacto este de abençoar Ismael e sua descendência. Desta forma, tudo o que vemos de bom na vida deste homem é fruto da graça de Deus derramada sobre ele. Não é assim que realmente acontece? Tg 1.17 - Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes.
A vida de Ismael é um exemplo disto! Só vingou o que veio de Deus. Por outro lado, o antídoto para a vida fútil (vista em Ismael) é a vida de fé ilustrada na vida de Isaque!
Gn 25.11 - Depois da morte de Abraão, Deus abençoou seu filho Isaque. Isaque morava próximo a Beer-Laai-Roi.
Ismael viveu uma vida fútil por que viveu para aquilo que se vê e não para o que não se vê. Ismael não viveu pela fé nas promessas de Deus. Ele viveu pela futilidade das coisas passageiras desta vida. E conseguiu conquistá-las. Mas, como vimos, ele perdeu a sua alma! Isaque, por outro lado, viveu para o que não via. Ele viveu pela fé. Paulo fala desta vida de fé no que não se vê e revela o quanto ela nos enche de esperança:
2 Co 4.16-18 - 16 Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, 17 pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. 18
Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno.
Lições...
1. A vida de fé olha para o que é eterno e não temporal.
2. A vida de fé sabe que a vida verdadeira é a vida eterna.
3. A vida de fé encara o sofrimento contando com o galardão.
4. A vida de fé confia em Deus mesmo quando tudo parece contrário.
5. A vida de fé reconhece que toda dádiva e todo dom perfeito vem de Deus.
Quem não vive pela fé, vive uma vida vazia, fútil, sem sentido.
Esta pessoa pode até ganhar o mundo inteiro, mas perderá a alma. Que decisão você tomará hoje à noite? Você seguirá o caminho de Isaque (fé) ou de Ismael (futilidade)? Negue-se a si mesmo e siga a Cristo!
Mt 16.26 - Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?
Ganhar ou Perder? Gênesis 36
1Esta é a história da família de Esaú, que é Edom. 2 Esaú casouse com mulheres de Canaã: Ada, filha de Elom, o hitita, e Oolibama, filha de Aná e neta de Zibeão, o heveu; 3e Basemate, filha de Ismael e irmã de Nebaiote. 4Ada deu a Esaú um filho chamado Elifaz; Basemate deu-lhe Reuel; 5e Oolibama deu-lhe Jeús, Jalão e Corá. Esses foram os filhos de Esaú que lhe nasceram em Canaã. 6Esaú tomou suas mulheres, seus filhos e filhas e todos os de sua casa, assim como os seus rebanhos, todos os outros animais e todos os bens que havia adquirido em Canaã, e foi para outra região, para longe do seu irmão Jacó. 7Os seus bens eram tantos que eles já não podiam morar juntos; a terra onde estavam vivendo não podia sustentá-los, por causa dos seus rebanhos. 8 Por isso Esaú, que é Edom, fixou-se nos montes de Seir. 9Este é o registro da descendência de Esaú, pai dos edomitas, nos montes de Seir. 10 Estes são os nomes dos filhos de Esaú: Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; e Reuel, filho de Basemate, mulher de Esaú. 11Estes foram os filhos de Elifaz: Temã, Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz. 12Elifaz, filho de Esaú, tinha uma concubina chamada Timna, que lhe deu um filho chamado Amaleque. Foram esses os netos de Ada, mulher de Esaú. 13Estes foram os filhos de Reuel: Naate, Zerá, Samá e Mizá. Foram esses os netos de Basemate, mulher de Esaú. 14Estes foram os filhos de Oolibama, mulher de Esaú, filha de Aná e neta de Zibeão, os quais ela deu a Esaú: Jeús, Jalão e Corá. 15 Foram estes os chefes dentre os descendentes de Esaú: Os filhos de Elifaz, filho mais velho de Esaú: Temã, Omar, Zefô, Quenaz, 16Corá, Gaetã e Amaleque. Foram esses os chefes descendentes de Elifaz em Edom; eram netos de Ada. 17Foram estes os filhos de Reuel, filho de Esaú: Os chefes Naate, Zerá, Samá e Mizá. Foram esses os chefes descendentes de Reuel em Edom; netos de Basemate, mulher de Esaú. 18Foram estes os filhos de Oolibama, mulher de Esaú: Os chefes Jeús, Jalão e Corá. Foram esses os chefes descendentes de Oolibama, mulher de Esaú, filha de Aná. 19Foram esses os filhos de Esaú, que é Edom, e esses foram os seus chefes. 20 Estes foram os filhos de Seir, o horeu, que estavam habitando aquela região: Lotã, Sobal, Zibeão e Aná, 21Disom, Eser e Disã. Esses filhos de Seir foram chefes dos horeus no território de Edom. 22 Estes foram os filhos de Lotã: Hori e Hemã. Timna era irmã de Lotã. 23Estes foram os filhos de Sobal: Alvã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã. 24 Estes foram os filhos de Zibeão: Aiá e Aná. Foi este Aná que descobriu as fontes de águas quentes no deserto, quando levava para pastar os jumentos de Zibeão, seu pai. 25 Estes foram os filhos de Aná: Disom e Oolibama, a filha de Aná. 26 Estes foram os filhos de Disom: Hendã, Esbã, Itrã e Querã. 27Estes foram os filhos de Eser: Bilã, Zaavã e Acã. 28Estes foram os filhos de Disã: Uz e Arã. 29Estes foram os chefes dos horeus: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, 30 Disom, Eser e Disã. Esses foram os chefes dos horeus, de acordo com as suas divisões tribais na região de Seir. 31Estes foram os reis que reinaram no território de Edom antes de haver rei entre os israelitas: 32 Belá, filho de Beor, reinou em Edom. Sua cidade chamava-se Dinabá. 33 Quando Belá morreu, foi sucedido por Jobabe, filho de Zerá, de Bozra. 34 Jobabe morreu, e Husã, da terra dos temanitas, foi o seu sucessor. 35 Husã morreu, e Hadade, filho de Bedade, que tinha derrotado os midianitas na terra de Moabe, foi o seu sucessor. Sua cidade chamava-se Avite. 36 Hadade morreu, e Samlá de Masreca foi o seu sucessor. 37Samlá morreu, e Saul, de Reobote, próxima ao Eufrates, foi o seu sucessor. 38 Saul morreu, e Baal-Hanã, filho de Acbor, foi o seu sucessor. 39 Baal-Hanã, filho de Acbor, morreu, e Hadade foi o seu sucessor. Sua cidade chamava-se Paú, e o nome de sua mulher era Meetabel, filha de Matrede, neta de Mezaabe. 40Estes foram os chefes descendentes de Esaú, conforme os seus nomes, clãs e regiões: Timna, Alva, Jetete, 41 Oolibama, Elá, Pinom, 42Quenaz, Temã, Mibzar, 43Magdiel e Irã. Foram esses os chefes de Edom; cada um deles fixou-se numa região da terra que ocuparam. Os edomitas eram descendentes de Esaú.
Genealogia! QUE HISTÓRIA É ESSA?
Você deve estar se perguntando: “Onde Deus estava com a cabeça quando ele pediu a Moisés para escrever esse capítulo? Por que este capítulo está na Bíblia? Por que meu Deus?” Bem, deixem-me dizer que você não precisa ser um genealogista para poder compreender bem esta passagem e poder aprender o que Deus tem para nós aqui. Ela é bem simples. Um pouco trabalhosa, mas simples toda vida.
Então, vamos lá . . .Isaque acabou de morrer e ser sepultado (Gn 35.27-29). Jacó agora é o patriarca da vez.
Mas, o que seria de Esaú? Afinal, ele também era filho de Isaque! Antes de virar a página da vida de Isaque, Jacó e Esaú, Moisés quer colocar um ponto final na historia de Esaú.Desta forma, Gênesis 36 é a história da fidelidade de Deus. Esaú até poderia se esquecer de Deus(como o fez), mas Deus não abriria mão de suas promessas feitas a Esaú. Deus é sempre fiel às suas promessas feitas aos homens. É seu nome que está em jogo. Deus disse que Esaú seria forte, e nem os pecados de Esaú poderiam atrapalhar isto.
Gn 25.23 - Disse-lhe o Senhor: "Duas nações estão em seu ventre, já desde as suas entranhas dois povos se separarão; um deles será mais forte que o outro (Esaú), mas o mais velho (Esaú) servirá ao mais novo (Jacó)".
A HISTÓRIA DA GRAÇA
A história de Esaú serve para mostrar que quando Deus nos entrega à nós mesmos, às nossas próprias paixões e escolhas, quando Deus deixa de investir em nossas vidas, com amor eterno e graça salvadora, nós até podemos prosperar e ser bem sucedidos materialmente, mas nós nos destruímos espiritualmente, pois o que mais desejamos na vida é viver segundo a natureza do pecado. Nós somos escravos do pecado.
Malaquias, o profeta, diz assim:Ml 1.2-3 - 2 “‘Eu sempre os amei [Israel]’, diz o Senhor. ‘Mas vocês perguntam: ‘De que maneira nos amaste?’ ‘Não era Esaú irmão de Jacó?’, declara o Senhor. ‘Todavia eu amei Jacó, 3mas rejeitei Esaú’”.
É aqui que está a maravilha da graça salvadora de Deus. Deus sempre foi gracioso para com Jacó. Como? Deus sempre o amou. Deus sempre amou Israel o seu povo e nunca desistiu dele. Deus sempre insistiu na vida de Jacó e depois na vida de Israel seu descendente.Já quando olhamos para Esaú, vemos que Deus o deixou entregue às suas próprias paixões, aos seus próprios desejos, aos seus valores distorcidos, às suas escolhas pecaminosas. O que aconteceu com ele? Esaú ganhou o mundo, mas perdeu a sua alma!
Por que Deus fez assim? Era Esaú pior do que Jacó? Não. De forma alguma! Ouça o que Paulo diz: Rm 9.13-16 -13 Como está escrito: "Amei Jacó, mas rejeitei Esaú". 14
E então, que diremos? Acaso Deus é injusto? De maneira nenhuma! 15Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia e terei compaixão de quem
eu quiser ter compaixão". 16 Portanto, isso não depende do desejo ou do esforço humano, mas da misericórdia de Deus.
Deus escolheu amar Jacó. Ele quis ter compaixão de Jacó e não de Esaú. Por quê? Para mostrar que se ele não usar de compaixão para com alguns, ninguém poderá ser salvo, pois ninguém desejará a Deus:Jo 6.44 - Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não
o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia.
Jo 6.64-65 -64 Há alguns de vocês que não crêem". Pois Jesus sabia desde o princípio quais deles não criam e quem o iria trair. 65E prosseguiu: "É por isso que eu lhes disse que ninguém pode vir a mim, a não ser que isto lhe seja dado pelo Pai".
Todos os que vêm a Deus, Deus os recebe. Mas, a pergunta é: “Por que eles vêm a Deus?” É porque Deus mesmo os traz a ele!Jo 6.37 - Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.
É a graça de Deus que leva o homem ao arrependimento.
Rm 2.4 - Ou será que você despreza as riquezas da sua bondade, tolerância e paciência, não reconhecendo que a bondade [graça- AS21] de Deus o leva ao arrependimento?
Agora, note bem que se há algo que a presciência de Deus revelava sobre os dois irmãos é que tanto Esaú quanto Jacó (e todo o resto da humanidade em todos os tempos) eram desprezíveis aos olhos de Deus. Um era mentiroso e o outro materialista. Um mimado e o outro mundano. Nenhum queria a Deus.
O fato é que quando Deus olha do céu, ele vê que somos todos rebeldes. Todos nós. E ai de nós se ele não amasse e não escolhesse em Cristo Jesus o seu povo, levando-os ao arrependimento.Sl 14.1-3 - 1 Diz o tolo em seu coração: "Deus não existe". Corromperam-se e cometeram atos detestáveis; não há ninguém que faça o bem. 2O Senhor olha dos céus para os filhos dos homens, para ver se há alguém que tenha entendimento,
alguém que busque a Deus. 3Todos se desviaram, igualmente se corromperam; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer.
Não era assim na vida de Jacó? Não era assim na vida de Esaú? Ambos não viveram e agiram tantas vezes, senão na maioria delas, como se Deus não existisse? O que fez a diferença entre eles? Não foi que Deus amou Jacó e não desistiu dele? Claro que sim (Ml 1.2-3)!
Mas, por que, Deus? Por quê? Porque se não fosse assim nenhum deles teria sido salvo! Vimos isso muito bem na vida de Jacó.Jacó um dia creu e continuou crendo, mas porque Deus o amou e não desistiu dele (Ml 1.2-3). Esaú preferiu amar o prato de guisado. Agora, sobre a vida de Esaú... Veja como é perigoso viver sem Deus, entregue a si mesmo . . .
1. A família de Esaú
Esaú escolheu esposas para si baseando-se tão-somente na atração física. Isso fica evidente pelo nome e nacionalidade dessas mulheres.Ele não deveria escolher esposas fora da família da fé (Gn 28.6-9). Mas, motivado pelo ódio, assim o fez. E veja bem os tipos de mulheres que ele
escolheu:Ada (hitita)- o ornamento (mulher escultural). Oolibama (heveia)- tenda dos lugares altos (prostituta cultual? Logo, seria muito bela!). Basemate (ismaelita)- sabor, tempero.
Ainda sobre a família imediata de Esaú, observe os nomes dos filhos dele. Para nós, a arte de dar nomes aos filhos pode não significar muita coisa, além de acharmos “bonitinho”, mas naquela época significava muito.Por exemplo, veja os nomes dos filhos e netos de Esaú e observe que não há qualquer menção a Deus ou às coisas espirituais:
Elifaz (v. 4) - ouro puro; Naate (v. 13) - descanso; Zerá (v. 13) - leste, nascente; Samá (v. 13) - espanto, perplexidade; Mizá (v. 13) – medo; Jeús (v. 14) - ele se apressa para ajudar; Jalão (v. 14) – escondido; Corá (v. 14) – calvo; Temã (v. 15) – sul; Omar (v. 15) - orador, eloquente
Zefô (v. 15) - torre de vigia; Quenaz (v. 15) - caçador
E por ai vai... há até quem se chame “gazela”, “fraco”, “tartaruga”, etc.
Apenas um nome parece passar no teste: “Reuel” (amigo de Deus). Dos mais de 80 nomes contidos neste capítulo, apenas um parece fazer menção a Deus!O que esses nomes nos revelam? Esaú não deixou qualquer herança espiritual para os seus filhos e netos. Ele viveu pelo aqui e agora.
2. A fortuna de Esaú
Esaú queria construir um nome e uma fortuna. Ele sabia, ou pensava que sabia, que conseguiria prosperar e consolidar-se sem Jacó e sem o Deus de Jacó. E conseguiu!
Gn 36.6-8 - 6Esaú tomou suas mulheres, seus filhos e filhas e todos os de sua casa, assim como os seus rebanhos, todos os outros animais e todos os bens que havia adquirido em Canaã, e foi para outra região, para longe do seu irmão Jacó. 7Os seus bens eram tantos que eles já não podiam morar juntos; a terra onde estavam vivendo não podia sustentá-los, por causa dos seus rebanhos. 8Por isso Esaú, que é Edom, fixou-se nos montes de Seir.Mais adiante, Moisés nos informa que com braço forte Esaú e seus descendentes conquistaram Petra e lá habitaram.
Dt 2.12 - Também em Seir antigamente habitavam os horeus.
Mas os descendentes de Esaú os expulsaram e os exterminaram e se estabeleceram no seu lugar, tal como Israel fez com a terra que o Senhor lhe deu.
Os horeus eram fortes e valentes, mas foram vencidos por Esaú. Afinal, Deus havia prometido ser com Esaú, mesmo que Esaú não quisesse seguir com Deus. Deus cumpriu sua palavra . .
Dt 2.22 - O Senhor fez o mesmo com os descendentes de Esaú que vivem em Seir, quando exterminou os horeus diante deles.
Os descendentes de Esaú os expulsaram e se estabeleceram em seu lugar até hoje.
Esaú teve família, teve fortuna e também... fama.
3. A fama de Esaú
Bem antes de Israel ter rei, Edom já tinha:Gn 36.31 - Estes foram os reis que reinaram no território de Edom antes de haver rei entre os israelitas:Esses reis foram vitoriosos, a ponto de conseguirem levar suas vitórias tão longe quanto o Eufrates, na divisa da terra (Gn 36.37).
Além de reis, Edom já tinha governos, povos e terras:Gn 36.40-43 -40Estes foram os chefes descendentes de Esaú, conforme os seus nomes, clãs e regiões: Timna, Alva, Jetete, 41Oolibama, Elá, Pinom, 42Quenaz, Temã, Mibzar, 43Magdiel e Irã. Foram esses os chefes de Edom; cada um deles fixou-se numa região da terra que ocuparam. Os edomitas eram descendentes de Esaú.
Esaú já tinha um nome no mundo de seus dias!
4. A fantasia de Jacó
Antes de concluirmos, deixe-me pensar com vocês sobre algumas fantasias que poderiam estar se passando pela cabeça de Jacó. Seriam sua tentações. Essas fantasias (ou tentações) são as mesmas que se passam na cabeça de todos os que se propõem a caminhar pela fé.
Suponha que Jacó ouça de longe as notícias de seu irmão Esaú. São do tipo . . .-“Esaú tem um família incrível” = mulheres bonitas, filhos bacanas, etc.
Em casa, Jacó tem problemas sérios com Lia e RaquelSeus filhos não se submetem a ele e vivem em confusão-“Esaú tem uma fortuna incalculável” = Jacó é rico, mas suas prioridades são outras; o reino de Deus. Ele vive um dilema.-“Esaú tem uma fama invejável” = são reis, governos, povos e terras.Jacó ainda não se fixou em lugar algum e irá morrer no Egito.
Jacó e José voltarão para Canaã em um caixão.Os hebreus não têm reis, nem povos, nem governos.Que tentação teria sido para Jacó comparar a sua vida com a de seu irmão e dizer: “Decidi seguir a Deus e veja no que me tornei!”
Só há um porém: Esaú some de cena, depois de Gênesis 36. E quando ele aparece é para dizer que o seu arrependimento foi tarde demais.
Hb 12.16-17 -16 Não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho. 17 Como vocês sabem, posteriormente, quando quis herdar a bênção, foi rejeitado; e não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas.
A história de Esaú está registrada em Gênesis 36 precisamente para não querermos copiar o mundo, não cobiçarmos o estilo de vida deste século, não buscarmos viver como os povos dessa terra, pois tudo o que o mundo oferece nunca é o bastante.
Eles até podem ter uma família aparentemente mais estruturada.
Eles até podem ter uma fortuna para esbanjar.
Eles até podem ter uma fama para esbaldar.
Mas, como disse Jesus:
Mc 8.36 - Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Não podemos cair na tentação de fantasiar e comparar nossas vidas com as vidas das pessoas que seguem sem salvação:Hb 10.39 - Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que crêem e são salvos.
QUANDO TUDO NÃO É O BASTANTE
O mundo pode te dar tudo, mas nunca será o bastante, pois o mundo jamais poderá te dar a graça salvadora de Deus.Gênesis 36 é uma amostra contundente de que uma pessoa pode ter tudo na vida, tudo, absolutamente tudo, mas não ter o bastante...
Pode ter família, Pode ter fortuna, Pode ter fama, Mas se não tiver fé, fé que é dom de Deus, fé que é fruto do amor soberano de Deus, fé que salva e santifica, fé do tipo que Esaú nunca teve... essa pessoa não tem o bastante. No final, não adiantará buscar com lágrimas, como Esaú fez. Busque hoje ao Senhor. Clame por fé e salvação hoje a noite. Venha a Deus. Ele não te lançará fora. Se você não crer, você será condenado pela sua incredulidade.
Se você crer, você louvará a Deus por ter te amado e te levado a Cristo.
Jo 6.37 - Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais rejeitarei.
Patorais 2014.
O Ponto de Partida
A palavra “santidade” parece estar fora de moda. Talvez porque a pós-modernidade consagre valores como relativismo e pluralismo. Ao refletir um pouco sobre santidade, aprendi algumas lições que, pela graça de Deus, preciso praticar:
Deus é Santo e devemos ser santos (1 Pe 1.16). Este é o nosso ponto de partida.
A santidade é pela graça (Cl 2.6). Assim como a salvação é um presente de Deus, a santificação também o é. O padrão de Deus é tão elevado que jamais conseguiremos atingi-lo por conta própria. A boa notícia: a graça que nos salvou é a mesma que nos conduz à santificação (Fp 2.13).
A santidade é de dentro para fora (Mt 15.10-11). Nasce do coração. Isso significa que seremos tão puros quanto o nosso coração o for. Assim, precisamos cuidar do coração, guardando as suas “duas portas”: os olhos e os ouvidos.
A santidade é produto da renovação da mente (Rm 12.1-2). O mundo, como um sistema anti-Deus, tem seus valores, diferentes dos valores do reino de Deus. Quando exercitamo-nos em renovar a nossa mente, Deus transforma nossos valores.
A santidade é motivada pela certeza de que já fomos aceitos por Deus, em Cristo (Rm 7.24-25). Misteriosamente, a certeza de que não precisamos fazer nada para sermos aceitos por Deus transforma-se em força espiritual para fazermos tudo o que ele considera bom.
A santidade é desejada por amor a Deus (Ef 1.4-5). Muitos buscam ser santos, não porque foram constrangidos pelo amor de Deus, mas pelo medo da condenação. Enquanto a motivação para ser santo for as chamas do inferno, e não os braços abertos de Jesus crucificado, nenhuma santidade genuína será encontrada em nós.
A nossa santidade glorifica a Deus (1 Co 10.31). Isso significa que devemos buscar mais o prazer em fazer a vontade de Deus do que o prazer em satisfazer a vontade da nossa carne com o pecado.
Diante da tentação, a batalha pela santidade é vencida ou perdida nos três primeiros segundos (1 Co 10.13). Se nesses instantes fugirmos, venceremos. Todavia, se tentarmos resistir, certamente perderemos.
Ser santo é ser parecido com Jesus (Rm 8.28-30). Ser santo não é copiar um modelo religioso preestabelecido (em geral, repleto de “nãos”). Ser parecido com Jesus é copiar o modelo dele, de sua vida, exatamente como está descrita nos Evangelhos.
A santidade nunca será plena neste tempo (1Jo 1.8). Apesar de ansiarmos pela total libertação do pecado, ela só acontecerá depois da ressurreição do nosso corpo. Por agora, quem diz não ter pecado, já está pecando.
Que Deus, por sua graça, nos transforme à imagem de Jesus! Que ele complete a boa obra que um dia começou em nós!
Faça o Melhor em 2014!
Ajude no trabalho de expansão do Reino de Deus (Mr 1.15). Desenvolva seu ministério de forma criativa e para a glória de Deus (I Co 12.1-7). Colabore sempre que solicitado e com um coração de servo (Fl 2.5). Invista em todos os sentidos no reino do Pai (II Co 8.1-24). Seja solidário com todas as pessoas (Gl 6.9; Rm 12.13). Pregue a Palavra de Cristo (I Co 1.22-24). Busque em primeiro lugar o Reino de Deus (Mt 6.33). Viva de forma completa os propósitos de Deus! (Mt 28.19-20; Mr 12.30-31).
Destaque as virtudes das pessoas que convivem com você (Rm 12.14). Jamais seja um promotor de divisões nos ambientes que atravessar (Gl 5.20). Chore com os que estão chorando e alegre-se com aqueles que estão felizes (Rm 12.15). Fale com respeito e respeite a todos (I Pe 2.17). Sirva sem esperar o aplauso dos homens (I Co 10.31). Some com seus irmãos em Cristo (I Co 3.9-10). Valorize a comunhão dos santos e seja um entre eles (Hb 12.25;). Proteja seus líderes, sua igreja e seus pastores (I Ts 5.12-14). Ame a Palavra de Deus e ensine os outros a amá-la! (Sl 119). Viva sua vida de forma equilibrada (Fl 4.4-8).
Procure enxergar o agir de Deus nas diversas situações do cotidiano (Rm 8.28). Reconheça seus próprios equívocos e erros (Sl 10.12-14; Pv 29.1). Nunca finja ser o que não é (Rm 12.3). Olhe para o próximo como alguém carente da misericórdia de Deus (Lc 10.25-37). Faça novos amigos (Pv 18.24). Incentive aqueles que estão visualizando novos projetos (Pv 10.24). Deseje coisas boas a todos (Rm 12.14). Seja uma ponte, onde o amor de Cristo atravesse atingindo novos corações (At 18.5). Seja zeloso em relação aquilo que Deus entregou em suas mãos (I Tm 4.15). Busque os valores do reino de Deus (Rm 14.17). Testemunhe de Cristo através de sua vida (Gl 2.20). Faça diferença na vida de alguém (At 20.35). Tenha fé em Deus! (Hb 11.1-6).
Use seus lábios para glorificar a Deus (Cl 4.6; I Ts 5.18). Deixe o Espírito Santo encher sua vida de forma que abençoe os outros (Ef 5.18). Pesquise e estude sobre os homens e mulheres de Deus que influenciaram positivamente o mundo ao longo da história (Hb 11). Reconheça aqueles que exercem autoridade e são instrumentos de Deus em sua vida (Hb 13.7; 17). Perdoe sempre que necessário (Mt 18.15-35). Agradeça sempre o favor recebido do Pai e do próximo (I Ts 5.18). Viva de forma vibrante e contagie outras pessoas através daquilo que Deus está fazendo em sua vida (At 20.24-36). Diga a todos que há esperança em Jesus (Ef 1.18-21). Viva no centro da vontade de Deus (Pv 16.1; 19.21). Faça de sua vida algo belo para sempre! (Rm 6.13-14; II Co 4.10).
Exercite a sua Fé
A fé é um bem extraordinário. É a primeira e a mais importante ligadura entre você e Deus. Pois “quem vai a Deus precisa crer que Ele existe e que recompensa os que o procuram” (Hb 11.6). Por meio da fé você dá conta de suas obrigações morais para com Deus e o impossível torna-se possível. Assim como um cano transporta água do reservatório à torneira e o fio transporta a energia elétrica do gerador à lâmpada, assim também a fé transporta o que é de Deus para você. Somente pela fé você é capaz de crucificar o seu eu, dizer não à sua carne, obedecer a Deus, contemplar à distância o galardão, ver o invisível, tirar força da fraqueza e passar vitoriosamente pela prova de escárnios e açoites (Hb 11.4-40).
Cuide muito bem de sua fé em Deus. Faça-a engordar, faça-a crescer, faça-a constante. Alimente-a com a leitura da Palavra: “A fé vem pela pregação e a pregação pela Palavra de Cristo” (Rm 10.17). Exercite-a a cada dia. Faça aquela curiosa e humilde oração do pai do jovem possesso: “Eu creio, ajuda-me na minha falta de fé” (Mc 9.24).
A fé o fará olhar firmemente para Jesus (Hb 12.2) e desviará a sua atenção da força dos ventos contrários. Qualquer esforço para guardar a fé é altamente compensador. Não se esqueça da oração de Isaías: “Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme, porque ele confia em ti (Is 26.3). Nada neste mundo vale mais do que a perfeita paz interior.
Trate bem de sua fé agora, pois quando vier o que é perfeito, a fé se tornará desnecessária. Agora você não vê a Deus face a face, mas na eternidade e na nova terra, a visibilidade será total (1 Co 13.10-12). Então você poderá guardar a sua fé numa caixinha de joias, apenas como lembrança histórica e como troféu de muitas vitórias. Até que chegue este glorioso final, use plenamente a fé.
Conectado com Deus
SENHOR, por que estás off-line para mim? Permanecerás para sempre invisível?
Tua caixa de mensagem, Redentor meu, Está cheia das minhas orações.
De madrugada, espero “Deus acabou de entrar”.
Não me deixes apertando F5 o tempo todo.
Podes chamar a minha atenção, ó Pai, Quantas vezes forem necessárias
Pois, sem tuas atualizações, O pecado espalha como vírus,
Contaminando as pastas da minha vida.
Tal spam, a tentação, quer só um click.
Varredura faça em mim, Santo Espírito, Delete da minha programação todo mal
E instale, como queres, as virtudes reais, Pois das virtuais sei que estás cansado.
Louvado seja o Programador da Vida, Retwittem tudo que Ele postou
Pois os que curtem o que Ele escreveu, Os que são seus amigos e o seguem,
Terão uma net que jamais cairá, Uma rede de eterno descanso.
Espírito de Gratidão
Creio que foi o desejo de Deus, quando inspirou a realização de várias festividades no meio do Seu povo, perpetuar a memória dos grandes acontecimentos. Assim, o dia de descanso serve para comemorar a criação do mundo; a páscoa é uma festa comemorativa da saída do Egito. Pentecostes foi a festa estabelecida em memória da lei de Deus proclamada no Monte Sinai. O Senhor ordenou que todos deveriam vir, pelo menos três vezes por ano, ao Templo com presentes em suas mãos. Em outras palavras, Deus queria ver Seu povo despertado ao desenvolvimento do espírito de gratidão.
A gratidão consiste na devida manifestação de agradecimento a Deus por todos os favores e bênçãos, temporais e eternos, para conosco; implica a justa apreciação de todas as dádivas de Deus e do quanto somos indignos de merecê-las. Implica recordá-las, reconhecê-las publicamente, correspondendo-O com obediência e rendendo-Lhe cultos em ações de graças.
O espírito adverso à gratidão é aquele que muitos, que desconhecem os favores e as bênçãos “recebidas das divinas mãos”, evidenciam: o da ingratidão. Jesus lamenta a ingratidão de leprosos que acabavam de ser curados (Lc 17.17,18). A ingratidão é uma prova de degradação, ou seja, aquela disposição do coração humano para distanciar-se de Deus.
Por que devemos ter um espírito de gratidão? Porque a Palavra de Deus assim recomenda (1 Tm 2. 1-3). Porque é uma forma de adorar e louvar a Deus: “dando graças constantemente a Deus Pai por todas as coisas, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Ef 5.20). Porque o louvor a Deus é característica dos filhos de Deus: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.” (Fl 4.6). Porque há em nosso coração a certeza da salvação e a esperança dos céus, razões que nos levam, como igreja, a sermos luz neste mundo em trevas, a não nos calarmos diante da perdição humana.
Nosso Deus não somente escolheu várias festividades para que seus filhos perpetuassem, na memória, os grandes acontecimentos, fruto de Seu poder, como também orientou sobre com que espírito deveria Seu povo vir ao Templo: em ações de graças, com presentes em suas mãos. Apresentemo-nos diante do Senhor, neste dia, em Seu santo Templo, com ações de graças e “em seus átrios com hinos de louvor”, porque “grande é o Senhor e digno de ser louvado; glória e majestade estão diante dele, força e formosura no seu santuário”. Celebre e agradeça muito ao Senhor.
Meu nome é Enéias - Atos 9.33
Contexto:
O Apóstolo Pedro recebeu de Jesus a grande comissão, de ir até os confins da terra, pregando o evangelho. Ele não se restringiu apenas a Jerusalém. O versículo 32 diz que Pedro viajava por toda a parte anunciando a palavra. Agora ele vai até Lida, para visitar “os santos que estavam em Lida”. Lida era próximo de Jope, porto de Israel, ficava 50 Km distante de Jerusalém. De lá Jonas saiu para fugir de Deus. A igreja em lida foi resultado da dispersão dos crentes por causa da perseguição em Jerusalém. Pedro viu a expansão da igreja e decidiu visitar os irmãos.
Em Lida ele encontra o irmão Enéias, que era paralítico e que vivia acamado, doente, há 08 anos. Ele já era paralítico e tinha passado seus últimos 08 anos doente em cima de uma cama. O nome Enéias, no grego, significa: “louvor”.
Parece até uma ironia o seu nome. Será que Enéias tinha motivo para louvar a Deus? Talvez já estava cheio de feridas por estar na cama há oito anos. Paralítico, não tinha como dar uma voltinha, se locomover. O seu quarto já cheirava mal. Além disso ser deficiente físico na época era algo extremamente difícil. Os recursos eram ainda mais escassos e havia a idéia de que o deficiente era assim por causa de problemas espirituais, o que gerava preconceitos das pessoas contra ele.
O que lemos aqui é que, mesmo sendo “crente”, tendo um nome tão significativo, Enéias na verdade estava vivendo uma grande crise em sua vida. Enéias sabia que caminhava para a morte. Talvez ele estivesse sendo motivo de piada, de zombaria: como pode um homem com esse nome, viver nesta situação? Cada vez mais a vida ficava vazia e escura para Enéias.
Sua cama vivia desarrumada. Isso indica que ele não tinha ninguém para ajudá-lo. O diabo faz isso na vida das pessoas. Joga-as em cima de uma coisa e vai matando aos poucos.
Eneias talvez achou que Deus tinha esquecido dele. Ele estava sem esperança e não tinha mais ânimo para louvar a Deus.
O diabo faz isso. Coloca a pessoa na cama e mata. É isso que nos diz em I Samuel 19.15: Saul, possesso de demônios queria matar a Davi e mandou o buscar com cama e tudo. Imagine, o inimigo queria matar o louvor em sua própria cama. Em algumas traduções aparece o termo “jazer”, jazendo se refere aos mortos. O inimigo quer te colocar na cama e te matar mas ele não vai conseguir por que o Senhor vai te dar livramento assim como fez com Davi e Enéias.
Talvez, assim como o salmista nos fala no salmo 6.6, você tem chorado tanto que a sua cama vive encharcada de lágrimas. O Senhor te diz nesta noite que o que o inimigo quer fazer com você, ele não vai conseguir. Tudo o que ele roubar de você, o Senhor vai te restituir quatro vezes mais. Deus está te dizendo nesta noite, essa palavra de Jó 8.21. Ele vai restituir a alegria e o louvor nos teus lábios. O que Deus vai operar na tua vida é tão poderoso que voc~e vai ficar rindo o tempo todo.
Pedro entrou no quarto de Enéias. Mau cheiro, cama desarrumada, tristeza, espírito de morte. Enéias, o louvor, não podia louvar a Deus nessas circunstâncias. Mas, naquele momento, o Senhor cumpriu na vida dele o que Jó 8.21 diz. O que aconteceu?
O v. 35 diz que Pedro ministra na vida de Enéias a palavra profética:
I- Jesus Cristo te cura - Eu fico imaginando Enéias... Oito anos sofrendo, quantas orações, quantas expectativas frustradas, quantas noites sem dormir achando que nunca alcançaria a vitória. Um belo dia, o enfermo Enéias escuta: “Enéias, Jesus Cristo te cura!” Meu Deus, imagine como essa frase encheu o coração de Enéias. Meus amados é certo que vivemos um tempo de muitas batalhas, lutas, dores, mas não podemos nos esquecer da mensagem de vitória: “Jesus Cristo te cura!”, e não só isso, ele te liberta, te salva restaura você, sua família, seu casamento. Eu creio no poder que há no nome de Jesus, eu creio que Ele continua operando na vida daqueles que crêem. No processo do milagre, eu não posso me esquecer do poder de Jesus. Eu tenho certeza que Enéias nunca mais enfrentou nenhuma luta em sua vida sem se lembrar da voz de Pedro naquele grande dia onde ele experimentou do poder do Senhor!
II – Levanta-te - A ordem de Pedro se dada a mim, não me incomodaria em nada, mas a Enéias, um paralítico, poderia até soar como uma afronta. Para Enéias, levantar-se significava romper limites. Há oito anos Enéias não se levantava. No processo do milagre encontramos a necessidade de estarmos dispostos a romper nossas limitações. Pense agora no que te limita: medo, timidez, preguiça, acomodação, traumas, falta de visão, palavras malditas, etc. para alcançarmos o milagre seremos convidados a romper com estas e outras coisas.
Escute, a condição para Enéias levantar-se vinha do poder de Deus, Ele restauraria o perfeito funcionamento do corpo de Enéias, mas a atitude de levantar-se era de Enéias. Existem muitas pessoas agindo de forma a que os outros tenham pena deles. Deus nunca terá pena de você! Por dois motivos: 1. Ele sabe que você tem capacidade pois foi Ele quem concedeu essa capacidade. 2. Ele sabe que aquilo que eu não posso, Ele pode, é só eu buscar! Então não fique parado, faça sua parte, levante-se, rompa!
III- Arruma o teu leito - Eu não sei você, mas eu, depois de oito anos no estado de Enéias, recebendo a cura, a última coisa que eu pensaria seria arrumar o leito. Só que o leito era o símbolo da dor, da angustia, do terror na vida desse homem. Muitos de nós nos achegamos, recebemos milagres, bênçãos, vitórias, mas nos esquecemos de arrumar nossos “leitos”, nossas vidas. Glória a Deus pelo milagre, mas o leito do pecado precisa ser arrumado, glória a Deus pelo milagre, mas o leito da mentira, da fofoca, da falsidade, do adultério, da prostituição, da rebeldia, da desobediência, da frieza espiritual, o leito de uma vida longe de Deus precisam ser arrumados.
Qual o resultado do processo do milagre?
Depois de 08 anos, Enéias foi curado imediatamente. Ele podia dizer, com alegria:
- eu era paralítico, agora não sou mais. Era doente, agora estou curado. Agora posso tomar banho sozinho. Agora posso louvar a Deus. Agora posso dizer:
As pessoas comentando: mas você não era o Enéias desenganado dos médicos, quase a morte> Sim, eu era, mas você não vai acreditar. Quando eu ouvi o nome de Jesus, esse nome me deu saúde, queimou minhas feridas e me libertou.
Mas não para aí. O verso 35 nos mostra que o milagre na vida de Enéias provocou muitas conversões. O testemunho dele trouxe salvação para duas cidades. A Bíblia nos diz em Atos 4.12. Muitas vezes ouço pessoas dizendo que não sabem levar ninguém a Jesus, então aprenda com Enéias, ele não disse uma palavra, apenas viveu o Evangelho, foi curado, creu, obedeceu, testemunhou e muitas pessoas creram em Jesus.
Te convido a crer no poder do nome Jesus que te cura, salva, liberta...
Te convido a romper seus limites, te convido a arrumar o teu leito e viver o milagre de Deus.
Que a partir de hoje você saia daqui testemunhando do poder de Deus na tua vida.
A Profetisa Ana - Texto: Lucas 2.36-38
Introdução:
Todos aqui sabemos que uma das maiores dificuldades que muita gente tem na vida é a de esperar. Esperar apavora a muitos, angustia, rouba a paz. Na verdade, paciência é uma virtude em extinção. A maioria das pessoas tem uma verdadeira repulsa da espera.
O Davi que testemunhou: “Esperei com paciência pelo Senhor...” (Sl. 40.1), foi o mesmo que orou ansiosamente: “Ouve-me depressa, ó Senhor; o meu espírito desmaia...” (Sl. 143.7)
Este é o século da pressa, da correria, da emergência, das coisas instantâneas, do imediatismo. Tudo tem que ser feito com rapidez, “agora”, “já”. Esta é a geração do fast-food,da comunicação virtual, da internet banda larga, do wathsap, messenger.
No século passado, para que Dona Leopoldina mandasse do Rio de Janeiro a São Paulo um emissário a D. Pedro I, o veículo mais rápido de comunicação que ela encontrou, foi um cavalo de corrida. Hoje, tudo é feito com apenas um clique. Trazemos o universo para dentro do nosso computador numa velocidade impressionante.
Resultado de tudo isso: Perdemos a virtude chamada paciência. Não temos paciência para esperar. Esperar um dia, um mês, um ano, nos parece uma eternidade.
A história do texto que lemos é a história de uma mulher que esperou 84 longos anos pelo cumprimento de uma promessa – o nascimento do Messias. É a historia de uma mulher que nos desafia e encoraja-nos a sermos pacientes na espera do cumprimento das promessas divinas. A espera desta mulher em ver o cumprimento da promessa de Deus é um tônico para a nossa alma e remédio para o nosso coração.
O que o sabemos sobre Ana? O texto fornece-nos algumas informações que são dignas de destaque e motivos de nossa atenção:
O seu nome (v.36). Ana (heb., hanah, significa “graça”). A Bíblia faz referencia a duas Anas - Ana, mulher de Elcana e mãe de Samuel (1 Sm. 1.2 – 2.21), e Ana, a profetisa.
A sua filiação e origem. O texto diz que ela era filha de Fanuel, da tribo de Aser. Aser foi o oitavo filho de Jacó, o segundo de Zilpa, serva de Lia. O outro filho de Zilpa com Jacó foi Gade (Gn. 30.13; 35.26). Depois da morte de Aser, seu nome misturou-se à uma tribo (aldeia) entre a fronteira de Manassés e Efraim, de localização incerta. Na época de Jesus a tribo de Aser era tida como uma tribo perdida (Js.17:7).
Era profetisa (v.36) Willian Hendriksen diz que durante muitos anos a voz profética estivera em silêncio. Agora, aqui de repente, aparece esta profetisa! Apesar de não termos em registro nenhuma de suas profecias, sabemos, à luz do texto, que ela era de fato, profetisa. As mulheres ao contrário do que se possa ensinar recebiam esse dom. A Bíblia, em diferentes passagens apresenta mulheres profetisas genuinamente vocacionadas por Deus: Miriã, irmã de Arão (Ex. 15.20), Débora, a juíza de Israel (Jz.4.4); Hulda, mulher de Salum (2Rs. 22.14); As filhas de Filipe, o evangelista, eram quatro e todas profetizavam (At. 21.9). Na igreja de Corinto havia mulheres que tinham esse dom (1Co. 11.5).
Era viúva. Lemos que ela vivera apenas sete anos com seu cônjuge até ele morrer (v. 36). A viuvez nessa época era um problema muito grave. Geralmente as viúvas nesse período eram negligenciadas, ignoradas e esquecidas. Ser viúva era ser fadado ao esquecimento e ao desprezo, a não ser que tivesse um filho ou um parente que a remisse. Por essa razão é que tanto o AT quanto o NV dar forte ênfase a se demonstrar bondade para com as viúvas e ajudá-las em suas aflições. Tiago diz que “a religião pura e imaculada consiste em visitar os órfãos e as viúvas em suas tribulações” (Tg. 1.27).
Era de idade avançada. Lucas diz que ela era de “idade muito avançada”, ou, como diríamos: “bem idosa”. Os anos haviam se passado agora ela contabilizava 84 aniversários. Seus cabelos já estavam descoloridos e sua face marcada pelas rugas que o tempo esculpiu. Os anos haviam passado rapidamente e ela não havia se dado conta.
Era uma mulher piedosa. O versículo 37 que ela “não deixava o templo, servindo a Deus dia e noite com jejuns e orações”. Após a morte do seu marido Ana passou a dedicar-se em servir a Deus em tempo integral, com orações e jejuns. Devoção e piedade eram as marcas distintivas desta mulher. A expressão “nunca se apartava do templo” significa que ela atendia regularmente no templo. Ana não perdia um culto. Seja no culto público ou privativo, lá estava a velha Ana.
A sua atitude em relação a Jesus. Lemos sobre Ana no versículo 38 que: “Tendo chegado ali naquele exato momento...” Que momento era esse? Momento em que Jesus estava sendo apresentado no templo. Momento em que Simeão cuidadosamente toma em seus braços Jesus que estava com oito dias, e louva a Deus. Ela está convencida de que o menino é deveras o Messias. Que emoção! Ela está diante do cumprimento completo da promessa em que ela crera durante toda a sua vida. O grande sonho se tornara realidade. A espera havia chegado ao fim.
Cheia de gratidão, imediatamente expressa seu agradecimento a Deus. Terminada a sua oração, ela começa a falar a todos àqueles que esperavam igualmente a redenção de Jerusalém, ou seja, a “consolação de Israel” (v.25).
Transição:
O que podemos aprender com a história de Ana? A história de Ana nos ensina algumas verdades de valor grandioso. Há aqui alguns princípios que devemos nos lembrar sempre.
I. Deus não busca heróis, Deus busca pessoas disponíveis.
O versículo 37 diz que ela “Não deixava o templo, servindo a Deus dia e noite com jejuns e orações”.
Quem era Ana? Ana não era nenhuma heroína como Joana Darc e nem uma menina prodígio em ciência e literatura como Simone Weill. Ana não fazia parte da elite sacerdotal de Israel. Não aparece em sua genealogia nenhum rei; nenhum rabino, nenhum figurão. Seu pai, Fanuel é um personagem desconhecido na história. A tribo a qual ela descendia era uma das tribos tidas como “perdidas”.
Era viúva, pobre e já avançada em idade. Seu nome é citado uma única vez no versículo 36 e nunca mais se ouviu falar dela. Seu nome não é citado nos livros de história, crônicas e literatura. Nunca fizeram um memorial em sua honra. Não há nenhum interesse de qualquer arqueólogo em encontrar o túmulo de Ana.
No entanto, diz o texto bíblico que ela profetisa. Ana tem um dom, tem uma chamada, uma vocação. Ela não era heroína. Ela era uma profetisa do Deus de Israel. Era porta voz do próprio Deus. Apesar de ser uma mulher sem cacife, sem histórias de heroísmos, Deus a escolheu.
Ao contrário do que se possa pensar Ana não era uma fanática inconsequente ou uma ratazana de igreja. Ana era uma mulher disponível que decidiu investir os últimos anos de sua vida, servindo aos propósitos de Deus.
Estamos vivendo hoje a glorificação do forte. Estamos vivendo o apogeu do mundo dos atletas. O mundo que estamos vivendo é um mundo que só valoriza o rico; que só valoriza o nobre, o bonito, o chique, o famoso, o hábil; que só valoriza o que nasceu em berço esplendido; o que tem sangue azul que é uma cultura grega e não judaica. A beleza na cultura judaica é outra. O belo no judaísmo não é o atlético. Aliás, o judeu não mostrava nem o corpo. A beleza para o judeu era os valores que a pessoa tinha. No ancião, eram as cãs brancas.
Nosso mundo tem pouco espaço para os fracos, para os pequenos. Nosso sistema de empreendimento centrados no êxito é ideal para os bem sucedidos, para os ganhadores, para os grandes, para os heróis. Vivemos numa geração em que as pessoas são descartadas, inferiorizadas e, muitas vezes marginalizadas porque são pobres, por causa da cor da pele ou porque não tem um visual que seja de acordo com as expectativas da sociedade.
Com isso eu aprendo que Deus não busca heróis e heroínas, Deus busca gente disponível. Deus tem um lugar para os pequenos. No seu livro, os últimos se tornam os primeiros e até mesmo o perdedor recebe mérito. O processo seletivo de Deus é totalmente o contrário do dos homens. Deus é alguém que não enxerga o mundo como o mundo enxerga as pessoas.
É o que lemos em 2 Coríntios 1.27-29: “Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu o que para o mundo era loucura para envergonhar os sábios, escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglorie diante dele”.
Pergunto:
Que heroísmo há em ser um jovem pastor de ovelhas? Nenhum, mas Deus escolheu Davi para ser rei de uma nação (1Sm. 16.1-13).
Que esplendor existe em ser vaqueiro e agricultor num lugar obscuro e desconhecido chamado Tecoa? Nenhum, mas Deus escolheu Amós para ser profeta no reino do Norte (Am. 7.14).
Que honra há em morar numa pequena cidade por nome Tisbé, uma cidadezinha inexpressiva no município de Gileade? Não há nenhum honra, mas foi de lá que Deus buscou Elias sem títulos, sem diplomas, sem referências e sem projeção social para ser um profeta e um golpe no orgulho dos poderosos. (1 Rs.17.1).
Que heroísmo há em ser um pescador rude e analfabeto? Nenhum, mas Deus buscou Pedro para torná-lo um poderoso pregador (Lc. 5.1-11
Alguns de nós jamais seríamos escolhidos pra coisa alguma. Alguns de vocês jamais seriam selecionados pra nada! Você não nasceu em berço de ouro; não corre em suas veias sangue azul; você não tem um grande nome, mas é exatamente pessoas desta estirpe que Deus escolhe, chama, vocaciona e usa em suas mãos. Na verdade, Deus não precisa de show man, de estrelas para fazer a sua obra, Deus precisa de pessoas disponíveis.
Geralmente, acreditamos que, quanto mais publicidade, quanto mais relações públicas, quanto mais marketing, melhor o desempenho. “Os mais citados, os mais requisitados, os mais reconhecidos, os mais comentados são, em nossa opinião, os mais usados por Deus. Mas isso não é verdade. Quanto menos citados, mais conhecidos serão de Deus. Creio que, quando comparecermos diante do tribunal de Deus, descobriremos que os grandes heróis da fé foram homens e mulheres dos quais nunca ouvimos falar”.
II. Nunca é tarde pra sonhar grandes sonhos e realizar grandes empreendimentos para Deus.
Qual era o grande sonho de Ana? Qual era o seu grande ideal de vida? Em que residia o alvo de suas expectativas? - o grande sonho de Ana, assim como o de Simeão, era ver cumpridas as antigas profecias do nascimento do Messias. Ana viveu mais de oitenta anos nessa expectativa.
Ana, mesmo com 85 anos de idade, ainda sonhava com o momento em que Deus enviaria a redenção de Israel, a libertação do pecado por meio do Salvador, a saber, Jesus.
Mesmo com a idade avançada, ela continua sonhando e realizando grandes projetos para Deus. Qual era o projeto de Deus para a vida de Ana? Mesmo com a idade avançada o projeto de Deus na vida desta mulher é que ela anunciasse àqueles que como ela, esperavam pelo Salvador. Acaso, existe um projeto maior e mais nobre do que este?
Aos 85 anos, Ana, em vez de “pendurar as chuteiras”, se aposentar, entrar dentro de um pijama, comprar uma cadeira de balanço e encerrar a carreira, ela continua entusiasmada com o que Deus havia prometido no passado. Ela não pensa em aposentadoria, ela tem motivos nobres, dignos, grandiosos pra continuar.
Deixe-me dizer a você:
Que já guardou as armas, pendurou as harpas no salgueiro;
Pra você que já sepultou os seus sonhos mais legítimos na cova do tempo, do esquecimento;
Pra você que anda cabisbaixo, vencido, desanimado, desencorajado para a luta,
Eu quero desafiar você a resgatar aqueles sonhos que estão no arquivo morto da história. Encorajo você a retomar aqueles sonhos que ficaram perdidos no meio do caminho.
Pra você que acha que já está velho demais para engajar-se em um projeto nobre, escute isso:
Moisés começou seu ministério aos 80 anos
Foi aos 75 anos que Abraão recebeu de Deus o maior desafio de sua vida – ser pai de uma grande nação. (Gn. 12.4);
Calebe aos 85 anos de idade ainda tinha sonhos latentes na alma:“...aqui estou hoje, com 85 anos de idade! Ainda estou tão forte como no dia em que Moisés me enviou; tenho agora tanto vigor para ir à guerra como tinha naquela época”. Josué 14.10-11
Winston Churchill tornou-se primeiro ministro da Inglaterra aos 70 anos. Foi ele quem livrou a Inglaterra da invasão de Hitler.
Ilustração:
No dia primeiro de janeiro de 1919, o time de futebol da Universidade da Califórnia disputava o final do campeonato com o time da Universidade da Geórgia. O estádio estava lotado. Uma multidão aguardava ansiosa para ver o grande ídolo Roy Rigels entrar em campo para dar a vitória a seu time. Ele era a esperança da vitória. Nele os torcedores concentravam toda a sua esperança. Mas, para a tristeza e decepção de todos, ele frustrou a todos com péssimo desempenho e quando inesperadamente fez um gol contra. Roy Rigels saiu do campo vaiado, envergonhado e com o estima do fracasso. Quando chegou no vestiário, não conseguia esconder as suas lágrimas nem sua decepção. Parecia que o mundo havia desabado sobre a sua cabeça. A derrota parecia inevitável.
De repente, o técnico se aproximou, passou a mão em sua cabeça, olhou nos olhos de Roy Rigels e lhe disse: Garoto, coragem! O jogo ainda não acabou. Você ainda tem o segundo tempo. Volte ao campo, lute e vença”.Roy Rigels levantou a cabeça, voltou ao campo, e jogou como nunca antes havia jogado em toda a sua vida. Ele conseguiu virar o placar e conquistou uma retumbante e inesquecível vitória, deixando o campo não sob vaias, mas agora, sob aplausos da delirante multidão. Sai do campo, não como um perdedor, mas como um herói vencedor.
Quero lhe dizer querido que o jogo ainda não acabou. O que o técnico disse a Roy Rogels Deus está dizendo pra você hoje: Coragem! Levante a cabeça, o jogo ainda não acabou. Você ainda tem o segundo tempo. Volte ao campo, lute e vença.
III. Há uma estreita relação entre a constância e o cumprimento das promessas de Deus.
O versículo 37b diz que Ana “nunca deixava o templo; adorava a Deus jejuando e orando dia e noite”. Em outras palavras, ela constantemente, estava no templo; constantemente, adorava a Deus; constantemente orava e jejuava. A palavra constantemente vem da palavra constância que é antônima de inconstância. Isso nos faz afirmar convictamente que existe uma estreita relação entre a constância e o cumprimento das promessas de Deus.
Durante muitos anos Ana esperou com paciência e perseverança o cumprimento da promessa – o nascimento do Messias. Alguém corretamente afirmou que toda promessa de Deus passa pelo teste do tempo. O tempo revela os medíocres, mas descobre os nobres. A constância é a rainha de todas as virtudes, porque só quem a possui consegue terminar projetos, realizar sonhos, efetivar metas e alcançar as promessas de Deus.
Ana em vez de olhar para as circunstancias, ela fita os olhos nas promessas. O tempo na verdade, era o maior de todos os seus inimigos. Ele estava conspirando contra a promessa de Deus. Mas a despeito do tempo, Ana continua inabalável orando, jejuando, adorando a Deus e esperando ansiosamente o cumprimento de promessa.
Talvez enquanto me ouve você esteja com o coração angustiado. Angustiado porque você não aguenta mais esperar. Suas forças estão esgotadas pela tirania do tempo. As promessas que Deus lhe fez parece que o tempo envelheceu e o anos as caducaram. Mas espere um pouco! Enquanto Deus for Deus como sempre será, nenhuma de suas promessas cairão por terra. Mas lembre-se, existe uma estreita relação entre o tempo e o cumprimento das promessas.
Aos 75 anos, Deus prometeu a Abraão um filho. Isaque nasceu quando Abraão tinha 100 anos. Abraão esperou 25 anos o cumprimento da promessa de Deus.
Calebe filho de Jefoné tinha 40 anos quando recebeu de Deus, em Cades Barnéia, a promessa da terra prometida. Mas só aos oitenta e cinco anos é que ele viu a promessa de Deus se cumprir. Calebe esperou 45 longos anos desde a promessa até a entrada em Canaã. José esperou 13 anos até que seus sonhos se tornassem realidade.
Portanto meu irmão, minha irmã! Não se desespere! Espere mais um pouco! Agarre-se às promessas de Deus e siga em frente. Depois do choro, vem a alegria. Depois das lágrimas, vem o consolo. Depois do deserto, vem a terra prometida. Depois da humilhação, vem a exaltação. Depois da cruz, vem a coroa. Depois da prisão, vem o trono. Ele está aqui para te abençoar nesta noite e cumprir na sua vida as suas promessas.
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